quarta-feira, 27 de junho de 2012

As consequências do medo em nossas vidas



 Amigos e amigas,

   Antes de apresentarmos o texto, uma rápida notícia. Por motivos profissionais, estarei na região do Cariri, duas semanas por mês, pelos menos, até o fim do ano; por isso organizaremos um grupo de estudo - Espiritismo e Mediunidade - semelhante ao de Fortaleza. Quem estiver interessado entre em contato conosco por e-mail.

Grande abraço e boa semana!

A esperança na prisão do desespero.   Evelyn De Morgan (1855–1919)
              O medo mal conduzido faz que se vire as costas para a esperança.


      O medo pode e deve ser o nosso aliado, sempre. A partir da mensagem psicográfica que segue, desenvolvemos algumas reflexões sobre esse sentimento tão presente em nossas vidas e que deve ser o nosso aliado como ensina amigo espiritual.


           "O medo é algo que como muitas coisas têm dois lados, o positivo e o negativo, dependerá apenas de nós a forma de como ele agirá em nossa vida.
        Na maioria das vezes o encaramos como algo que gera sofrimento e dor, algo que nos impede o raciocínio lógico e nos deixa a mercê de pensamentos e sentimentos baixos, nos impedindo de seguir o nosso caminho rumo à felicidade verdadeira.
Certas atitudes nossas comprovam que muitas vezes ficamos inseguros diante das mais diversas situações, queremos viver, mas temos medo da vida e do que se apresenta diante dela em nossas existências. Queremos morrer com a ilusão de acabarmos com os problemas e encontrarmos o paraíso, porém, quando nos deparamos com a morte temos medo, ficamos aterrorizados com nossa própria realidade.
      Se conseguirmos enxergar outras possibilidades, veremos o medo como algo útil, o medo de errar, por exemplo, nos faz ser mais vigilantes em nossas atitudes. O medo quando não em demasia de “perder” (como muitos dizem) uma pessoa querida faz com que cuidemos e dediquemos todo nosso amor àquela pessoa.
Nesse caso, então, o que seria realmente o medo? Algo neutro? Se é que posso definir desta forma. Algo que todos nós em determinada altura da vida desenvolvemos, um sentimento, uma sensação?
      Ele pode sim ter uma dessas interpretações ou até mesmo todas elas, o fato em questão é que normalmente lidamos muito mal com algo tão natural do ser humano. Estou certo de que não exista nenhuma fórmula pronta para que nos livremos ou saibamos lidar com o medo.
      Acredito que a forma como cada um de nós encara isto depende exclusivamente de nosso estado de espírito dentro de nossas individualidades. Só é necessário que a cada momento de nossa vida possamos ir nos preparando intimamente para as mais diversas situações de nossa existência. Para que mesmo que ainda não consigamos vê-las como algo neutro, possamos então percebê-las como algo que sempre tem um lado positivo.
      Devemos ao menos parar um pouco e refletir, será que o medo que senti em determinado momento não teve utilidade alguma, será que não me trouxe um aprendizado, um alerta para que eu reveja a forma como estou vivendo minha vida?
       Refletir apenas parece pouco, mas não é; é sim um grande passo, um passo importante, pois é a partir do ato de pensar que descobrimos a verdadeira essência das coisas, a maneira providencial de como tudo se encaixa perfeitamente no universo, sem falhas.
      Para que um dia não fiquemos aterrorizados ao ouvir essa palavra “medo”, que acaba sendo uma reação de cada indivíduo para os acontecimentos da existência e que têm efeito benéfico ou não de acordo com nossa interpretação. Rogo a Deus que um dia todos nós espíritos ainda tão imperfeitos diante da grandeza do Pai, possamos seguir fielmente o modelo do Cristo, a sua percepção da vida, para que todos os sentimentos que ainda nos perturbam possam ser vistos como é tudo aquilo que Deus nos oferece: Bênçãos.
      Que ao lembrarmo-nos de algo que nos cause medo ou pavor, pensemos que o Mestre nunca nos falta, e se procurarmos em nosso ser, iremos encontrar o porquê e o significado das coisas para nós, e se não encontrarmos, é porque a misericórdia divina não o permite para o nosso próprio bem e crescimento.
Então carinhosamente o Cristo nos ajudará a transformar esse sentimento em amor e luz, que penetra em nossos corações nos enchendo com sua paz tão infinita.

Obrigado, muito obrigado meus amigos pela oportunidade,

De um amigo do grupo Marcos"

Psicografia. Jovem amiga participante do grupo Marcos.

      O conceito de medo exposto pode ser entendido como semelhante ao de Rousseau e o da Codificação.  Afirma o filósofo iluminista que “Tudo é certo saindo do Autor de todas as coisas.” O Livro dos Espíritos, na parte terceira, fala-nos do instinto de conservação que induz a todos os seres vivos a se preservarem do perigo. Portanto, a origem do sentimento está na constituição do ser, é criação de Deus.
Por que essa compreensão é importante? Porque o medo, estando inserido na criação divina, não deve ser combatido como um inimigo, e sim, utilizado como amigo, pois Deus não nos daria nada que não fosse importante para a nossa felicidade. Como afirma o amigo espiritual, o problema surge porque “lidamos muito mal com algo tão natural”, saber lidar com as dádivas de Deus é o aprendizado que temos que desenvolver em nossa atual fase evolutiva. Quando não sabemos lidar com o fogo, podemos gerar muitos acidentes; assim acontece com o medo, observemos algumas destas consequências. Tanto o autoritarismo como o desleixo; bajulação e irresponsabilidade: relação de submissão e mando são frutos do sentimento de medo mal conduzido.
      Erich Fromm, em O Medo à Liberdade, ao estudar a origem psicológica do nazismo, demonstra que a aceitação de um líder “forte” e inquestionável baseava-se no medo desenvolvido na população, no sentimento de insegurança pessoal.
Em nosso dia a dia, ante uma situação que nos amedronta, tendemos a buscar alguém “forte” e “valente” para nos proteger e com isso, muitas vezes, alimentamos uma relação de submissão e mando. Isso acontece em nosso mundo material, bem como no mundo espiritual. Esse padrão de relação difere totalmente da relação do Cristo com os apóstolos, de Gandhi com seus discípulos e de Eurípedes com seus alunos.
      O sentimento do medo bem conduzido traz resultados excelentes, como explica o amigo espiritual. O cuidado e o respeito pelo outro para que possamos conviver mais e melhor com quem amamos; a atenção com a saúde para evitarmos os sofrimentos da doença; a superação de vícios para não destruirmos o que temos de melhor; a preocupação com o cumprimento da programação reencarnatória para não voltarmos como fracassados a vida verdadeira; o cultivo do respeito (respeito verdadeiro como ensinou Kardec) na relação com os amigos espirituais para que eles não nos abandonem.
      Após entender o quando o medo pode nos trazer de benefícios ou de infelicidades, naturalmente perguntamos: como melhor lidar com o medo? Não há fórmula mágica, alerta o amigo espiritual, mas existem muitos métodos. Refletir qual a utilidade do sentimento de medo em cada situação específica é um deles. E para os que pensam que refletir é algo de pouco valor, destaco esse trecho “Refletir apenas parece pouco, mas não é; é sim um grande passo, um passo importante, pois é a partir do ato de pensar que descobrimos a verdadeira essência das coisas”. Aliada a essa reflexão, sugere o amigo que desenvolvamos o sentimento de segurança íntima vinculando-nos ao Cristo, por meio da oração e da compreensão de que Ele nunca nos abandonará. Parece-nos um sábio caminho a seguir. 
      O trecho final da mensagem explica que “o Cristo carinhosamente nos ajudará” observamos a maturidade dessa reflexão, pois o Cristo estrutura sua relação com todos nós com carinho e compreensão e não com o terror que gera o medo destrutivo. Assim também faz o amigo espiritual, ele não estimula o medo que desequilibra, mas ajuda-nos a superá-lo.



domingo, 17 de junho de 2012

Saudade de Deus


Apresentamos, abaixo, uma excelente história escrita pelo espírito Meimei - extraída do livro Didática Espírita - que aborda um tema central da psicanálise junguiana. Carl Gustav Jung foi discípulo de Freud, mas afastou-se dele por discordar da origem central dos conflitos humanos. Para Freud a origem dos conflitos é a sexualidade; Jung defende a ideia que a origem mais profunda de nossos conflitos é a busca da integração com Deus; quando essa necessidade não é atendida, gera-se muita angústia e passamos a buscar compensações como o status social, dinheiro ou prazeres variados. Parece-nos que a psicanálise de Jung – psicanálise analítica – tem afinidade com a Doutrina Espírita que é evidenciada no início da mensagem do apóstolo Paulo, em O Livro dos Espíritos, na pergunta 1009, em que ele afirma: “A união com o Ser Divino é o objetivo da existência humana. Para alcançar esse objetivo três coisas são necessárias: conhecimento, amor e justiça; três são contrárias a esse objetivo: ignorância, ódio e injustiça”(tradução nossa).

Boa história e boa semana.


“- Eu tenho saudade de Deus, dizia a menina sem conseguir explicar o que sentia para a mãezinha.
- O que você sente minha filha? Perguntava a mãe sem entender.
Camila falava chorando.
- Mamãe, Deus não é nosso Pai?
- É sim minha filha, é sim. Dizia a mãe.
- É por isso, mamãe. Ele é meu Pai e eu tenho saudade Dele. Respondia Camila com uma profunda tristeza.
A mãe de Camila não sabia o que fazer. Todo dia ela ficava triste e dizia que tinha saudade de Deus. Dona Anália, a mãe de Camila, vivia a procurar ajuda; não sabia o que fazer para Camila ficar alegre. Um dia ela viu um espírito muito bom e pediu sem perder tempo.
- Espírito bom, ajude a minha filhinha amada, a Camila.
- O que ela tem? Perguntou o amigo espiritual.
- Todo dia ela fica triste, diz que sente uma saudade imensa de Deus! Será isso possível bom espírito? Perguntou dona Anália.
- Sim, sim. Disse o espírito amigo. Eu já tive o mesmo sentimento. É muito bom ter saudade de Deus, mas não é preciso ficar triste. Disse o amigo espiritual.
- O senhor pode me ajudar? Perguntou com esperança a mãe de Camila.
- Claro. Vamos combinar uma forma de ajudar a Camila. Amanhã é domingo, você vai com ela para um parque muito bonito e quando você chegar lá; eu ensino a Camila cuidar dessa saudade tão bonita.
Dona Anália -  a mãe de Camila - não se contentava de alegria. De manhã bem cedo, ela levanta, arruma tudo e vai com a Camila para o parque sem falar o que tinha combinado com o amigo espiritual.
Chegaram ao parque, estenderam uma tolha em baixo de uma linda árvore, colocaram a cesta com frutas em um lado e deitarem-se do outro.
Camila levantou-se; passeou distraída; viu os pássaros; olhou os animais; brincou de correr; cansou foi se deitar perto da mãe. Foi quando o espírito amigo apareceu para dona Anália e disse que ela devia falar para a Camila tudo o que ele lhe dissesse, pois a Camila não conseguia vê-lo.
Camila sentiu a presença do espírito amigo e disse para mãe.
- Eu estou tão feliz! Sinto-me tão bem. Pena que Deus não está aqui com a gente... Foi dizendo isso e  lembrando da saudade imensa que sentia de Deus e foi ficando triste...
Dona Anália levantou-se e disse.
- Vamos dar um volta minha filha.
- Mas mãe, eu tô cansada.
- Você não quer matar a sua saudade de Deus? Falou dona Anália.
- Quero, disse impressionada, a menina Camila.
- Então, vamos! Falou com firmeza a mãezinha, sentindo que o amigo espiritual estava lhe ajudando.
Saíram caminhando e a mãe de Camila foi repetindo o que o espírito dizia.
- Minha filha, a verdade é que todos nós sentimos saudades de Deus. Tem gente que sente uma saudade grande e não sabe que está sentindo saudade de Deus. Sentir saudade de Deus é sentir vontade de ter muita alegria, é sentir vontade de ter muito amor e proteção; quando a gente está perto de Deus nunca temos medo.
Camila estava feliz, a sua mãe agora entendia tudo o que ela sentia.
- Mãe, como faz para não ter mais essa saudade? Perguntou a filha com esperança de aprender a não ter mais tanta saudade.
- Minha filhinha. O único jeito é ficarmos perto de Deus todo dia.
- E como eu faço para ficar perto de Deus, mãe?      Perguntou Camila empolgada.
Dana Anália olhou para o espírito amigo e repetiu o que ele disse.
- Filhinha, Deus também sente nossa falta. Por isso, ele fez muitas coisas para que a gente se lembrasse Dele e quisesse sempre ficar perto Dele.
- Eu sempre lembro, mamãe, mas fico com saudade e triste. Disse Camila.
- Eu sei, mas para ficar perto Dele e não sentir mais saudade, temos que lembrar Dele com alegria, com amor. Vou te ensinar a fazer isso. Disse isso e apontou para um pássaro que estava cantando.
- Olhe aquele pássaro, o que ele está sentindo? E o que você sente ao ouvir ele cantar?
- Ele tá alegre, é lindo! Eu acho, ele, lindo. Eu fico alegre vendo ele cantar. Falou Camila.
- Deus ensinou ele cantar para que você fique feliz e lembre Dele com alegria.
Camila ficou impressionada. Não sabia que Deus tinha tanto cuidado com ela.
- Vamos ver os rios. Disse dona Anália. Pararam em frente às águas do rio que passavam lentamente.
- O que você sente? Perguntou a mãe.
- Eu sinto vontade de tomar banho de rio. Disse Camila com vontade de mergulhar...
- Deus fez o rio tão bonito e agradável, para te lembrar que Ele vai sempre te abraçar com alegria e amor, da mesma forma que o rio abraça quem mergulha nele.
Camila estava muito feliz, nunca tinha imaginado que Deus tivesse se preocupado tanto com ela!
Depois, dona Anália, pediu que Camila olhasse o céu e dissesse o que sentia.
- Mãe, eu me sinto tanta paz, eu me sinto tão bem, tão protegida.
- Você sabe por quê? Perguntou dona Anália.
- Por que, mãezinha? Perguntou Camila interessada.
- Porque Deus quer que você, onde estiver, sinta que Ele sempre te protegerá filhinha amada.
Camila sorriu emocionada e agradecida por Deus ser tão bom e disse.
- Agora, toda vez que eu sentir saudade de Deus, vou olhar para a natureza e sentir que Ele quer ficar perto de mim e fez toda a natureza porque me ama. Explicou Camila. 
Mãe e filha se abraçaram.
Todos estavam felizes, dona Anália, Camila e o amigo espiritual que se chama Ivan.”

História elaborada pelo espírito Meimei. 
Psicografia médium do grupo Marcos.



domingo, 10 de junho de 2012

Preconceito Espiritual


Amigos e amigas,

Trazemos hoje duas mensagens muito interessantes que abordam um assunto relacionado ao dia a dia das atividades mediúnicas espíritas: o preconceito. Essas mensagens foram psicografada por uma jovem médium, sendo a segunda os comentários de seu orientador espiritual. 

Grande abraço e boa semana!



799. De que maneira o Espiritismo pode contribuir para o progresso?

– Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz os homens compreenderem onde está o seu verdadeiro interesse. A vida futura, não estando mais velada pela dúvida, o homem compreenderá melhor que pode assegurar o seu futuro através do presente. Destruindo os preconceitos de seita, de casta e de cor ele ensina aos homens a grande solidariedade que os deve unir como irmãos. (Livro dos Espíritos)

Primeira mensagem.
“Boa noite amigos, queria hoje lhes contar um pouco do que vi e vivi após o meu desencarne. O início, pelo menos a meu ver, não foi algo muito fácil, percepções novas, visões diferentes, interpretações diversas.
Fui também eu médium como vocês, estudei a Codificação e pensei seguir durante toda minha vida os ensinamentos de Jesus fielmente, não podia eu, em minha pequenez, imaginar quanto enganado eu estava.
Desde criança frequentava centros espíritas com meus pais, em minha adolescência me empolguei com as ideias de Kardec, achava ele realmente genial. Já adulto, casei e continuei firme dentro do Espiritismo, só tinha um pequeno problema, não aceitava de modo algum a possibilidade de atender ou buscar auxilio através de espíritos “negros” como eu equivocadamente chamava nossos irmãos mais conhecidos como “pretos velhos”, índios etc.
Tudo ia bem, a meu ver, estava correto, afinal Kardec não falava desses espíritos e nem das técnicas e do auxílio que eles poderiam trazer aos irmãos encarnados e desencarnados.
Certo dia, um médium sem capacidade, pensava eu, recebeu um espírito que se dizia “guia” e que vinha me avisar que muitas mudanças iriam ocorrer em minha vida, que eu me preparasse, que não tivesse medo, pois eles estariam comigo, e se identificou como um “pai” que não é útil aqui citar o nome.
Obviamente que eu não acreditei na veracidade daquilo, pois não confiava nesse tipo de espírito e, principalmente, não confiava na capacidade do médium que o recebeu, pois tinha meus preferidos.
Uma semana depois fui surpreendido, quando soube de um terrível acidente de carro onde estavam meus pais e minha esposa grávida. Aquilo foi demais para mim, blasfemei contra Deus, O acusei de injusto e traidor, não me conformei, naquele momento, toda a fé e os conhecimentos que achava que possuía foram a baixo, nada nem ninguém me convencia de que Deus era justo e que eu devia ampliar minha compreensão.
Como se isso não bastasse, culpei aquele espírito pelo que aconteceu, abandonei o centro e comecei minha trajetória em busca de vingança. Procurei um local onde se diziam fazer todo tipo de trabalho, mas não era o suficiente pra mim, queria a todo custo desenvolver minha mediunidade e trabalhar ao lado, com aqueles espíritos, que agora eram realmente “negros”.
Desencarnei em condições deploráveis, passei anos e anos penando com minha própria consciência que só pensava em encontrar aquele espírito que destruíra minha vida.
Um dia, porém, tudo isso cessou quando a exaustão tomou conta de mim e pronunciei a seguinte frase com toas as forças que me restavam: Deus me perdoa Senhor... Isso foi o bastante, imediatamente, vi minha esposa e aquele que seria meu filho envoltos em intensa luz a me resgatar.
Depois de longo tempo consegui entender a razão de todo o meu sofrimento e também aquilo que eu tanto queria, descobri quem era aquele espírito, um amigo, um verdadeiro anjo abnegado que passou toda a minha existência ao meu lado, que preferiu cuidar de mim ao invés de ir para um plano mais evoluído, alguém que nunca desistiu de mim e me dedicou todo o seu amor.
A parte mais difícil disso tudo que hoje ainda é o meu grande desafio, é me perdoar pelos erros cometidos.
Queria relatar-lhes isso como uma forma de me aliviar um pouco o coração, e de começar a minha longa jornada de redenção junto a Deus e ao meu querido amigo. Muito obrigado a todos pela chance de me expressar, fiquem todos em paz.

Lucio"

Segunda Mensagem.


“Vejamos esse relato e reflitamos sobre nossas vidas, sobre o modo como enxergamos a Doutrina Espírita, será que a estamos vendo como realmente é, e o mais importante, será que a estamos vivenciando da maneira correta como nos pede Jesus, como quis nos ensinar Kardec?
Acredito, eu, dentro de minhas imperfeições, que todos já estamos dando um grande passo em relação a isso. Reflitamos apenas se é o suficiente, se não é necessário que nos esforcemos um pouco mais em rever nossos conceitos.
Há uma grande diferença entre aquilo que é místico e aquilo que nossa mente ainda não consegue acompanhar e por isso nossa reação se coloca de forma preconceituosa. Há verdadeiramente médiuns preparados e capacitados para determinados trabalhos? Para mim, há apenas corações aflitos pela oportunidade de redenção e sedentos pela oportunidade de serem úteis, corações que se esforçam para vencer a si mesmos em prol do Cristo.
Há realmente a ordem expressa para que só socorramos com espíritos “espíritas”? Para mim há a necessidade do trabalho, da união de esforços entre espíritos encarnados e desencarnados de diversas crenças para se manterem a serviço de Jesus.
Não significa que devamos transformar nossos centros e trabalhos espíritas em igrejas ou templos das mais diferentes religiões, esquecendo-nos do que aprendemos com a Codificação, mas sim que nos livremos dos PRECONCEITOS. Todos que estejam a serviço do Cristo têm algo a nos mostrar, a nos ensinar, a contribuir em nosso aprendizado e progresso.
É isso que o Mestre espera de todos nós, compreensão, tolerância, aceitação e boa vontade, regida sempre pela disciplina é claro. Que nós não cometamos os erros de irmãos iludidos, que não repitamos nossos próprios erros enfim.
Que ao final de cada trabalho nossa consciência possa estar tranquila e que possamos agradecer a Deus pelas mais diversas oportunidades de aprendizado, pelas novas formas como podemos, livres de preconceitos, com os outros e conosco mesmos, perceber os acontecimentos.
Que sejamos nós gratos pela chance de podermos ter o conhecimento e informações verdadeiras em todos os aspectos de nossas vidas e de nossos trabalhos espirituais. Que fiquemos alegres porque somos merecedores disso, mesmo sendo ainda tão imperfeitos. E com isso tenhamos fé e coragem para seguir Jesus nesta longa jornada rumo ao nosso progresso e aperfeiçoamento moral e intelectual.
Que Jesus em seu infinito amor nos abençoe a todos hoje e sempre.
Obrigado, do amigo do grupo Marcos.”