terça-feira, 16 de outubro de 2012

Um dos mais lúcidos discípulos do Cristo


O mês de outubro, para mim, é muito especial. Nasceu neste mês três espíritos a quem muito admiro: Gandhi, dia 02; Allan Kardec, 03; e Francisco de Assis, 04. Kardec, certamente, é o menos compreendido dos três por seus seguidores e amigos encarnados. Sua tarefa foi e é rude, árdua, sacrificial. Deve ele nos ajudar a compreender os ensinos do Cristo, a vivenciá-los e a associá-los as mais avançadas descobertas científicas. Para isso, Deus o enviou a Terra, ele é um dos mais lúcidos discípulos do Cristo como afirma o espírito Emmanuel. Foi capaz de compreender as Leis da ciência material e espiritual e explicá-las com clareza; também, foi capaz de uma conduta verdadeiramente cristã: amparando com sua lucidez e amor a intelectuais e a mendigos; trabalhando no amparo aos presidiários e ensinando crianças órfã com fez Pestalozzi. Se apenas algumas destas virtudes são raras, o conjunto delas, como possui Kardec, é uma verdadeira obra de arte divina. Felizes os que viram a ação deste espírito em nosso mundo!
Sua modéstia, muitas vezes, faz que seus seguidores não tenham a dimensão da grandeza real deste espírito. Foi este espirito um dos que mais profundamente observou o drama humano e comovido com nossa miséria material e moral se lançou em um combate solitário contra o predomínio da ignorância espiritual e do egoísmo. Combatido pela igreja, ridicularizado pela ciência enfrentou, ao lado de sua esposa Gaby (Amélie-Gabrielle Boudet), professora, poeta e artista plástica; a ignorância, a pretensão e os interesses mesquinhos dos homens inferiores.
Curiosamente, hoje, quando seus ensinos são comprovados pelas ciências e mais de um religioso estuda – publica ou ocultamente – seus ensinos em busca de orientação espiritual, são os seus adeptos que não o compreendem por não amarem a sabedoria nem estudarem a sua obra. Mas, como ensina o codificador, esse sinal extremo de incompreensão é sempre o anúncio de radicais mudanças. Nos informam os amigos espirituais e constatamos em nossa observação diária, o surgimento de uma nova geração espírita, espíritos que amam estudar, servir e que não temem o contado natural com o mundo dos espíritos. São espíritos que nos ensinarão a honrar – verdadeiramente – a Kardec e o Cristo.
Os ensinos de Kardec não se restringem a nos ensinar a naturalidade do contato com o mundo espiritual – o que já é muito significativo, pois se todos entendem isso nossa sociedade seria muito melhor – o codificador nos ensinou a integrar pesquisa espiritual e ciência como hoje se está fazendo em laboratórios em todo o mundo em pesquisas da física quântica, sobre percepção extra-sensorial e sobre reencarnação. A lição metodológica de Kardec é seguida com mais fidelidade por não-espíritas do que por espíritas que ainda temem a prática mediúnica natural e proíbem muitos interessados de participar das reuniões mediúnicas em nome do medo disfarçado de prudência.  
No último três de outubro fez 208 anos do nascimento de Kardec. O que teríamos a dizer a ele nesse momento? Como explicaríamos ao amigo codificador a nossa atuação espírita? Que notícias daríamos de nosso movimento e de nossos projetos para os próximos anos? É preciso lembrar que Kardec comprometeu a própria saúde, que utilizou dos recursos de juntou ao longo da vida para comprar uma casa confortável para divulgar a Doutrina e, por isso, permaneceu morando em um pequeno apartamento, no fundo do segundo andar, que media 50 metros quadrados.  Acima de tudo, enfrentou com serenidade e coragem os ataques sórdidos de inimigos e dos falsos adeptos do Espiritismo. Certamente, o amparo de seu guia espiritual – o Espírito da Verdade – foi constante, mas sabemos que para ser digno do amparo direto do Cristo é preciso subir o próprio calvário, assim fez Kardec e o fez por amor a todos nós.
No próximo artigo, escreveremos sobre a relação de Kardec com a proposta do Cristo e com o Apocalipse de João, que anuncia a vinda ao codificador ao mundo como nos ensina Cairbar Schutel. Boa semana, até segunda!