O mês de outubro,
para mim, é muito especial. Nasceu neste mês três espíritos a quem muito admiro:
Gandhi, dia 02; Allan Kardec, 03; e Francisco de Assis, 04. Kardec, certamente,
é o menos compreendido dos três por seus seguidores e amigos encarnados. Sua tarefa
foi e é rude, árdua, sacrificial. Deve ele nos ajudar a compreender os ensinos
do Cristo, a vivenciá-los e a associá-los as mais avançadas descobertas
científicas. Para isso, Deus o enviou a Terra, ele é um dos mais lúcidos
discípulos do Cristo como afirma o espírito Emmanuel. Foi capaz de compreender
as Leis da ciência material e espiritual e explicá-las com clareza; também, foi
capaz de uma conduta verdadeiramente cristã: amparando com sua lucidez e amor a
intelectuais e a mendigos; trabalhando no amparo aos presidiários e ensinando
crianças órfã com fez Pestalozzi. Se apenas algumas destas virtudes são raras,
o conjunto delas, como possui Kardec, é uma verdadeira obra de arte divina. Felizes
os que viram a ação deste espírito em nosso mundo!
Sua modéstia,
muitas vezes, faz que seus seguidores não tenham a dimensão da grandeza real
deste espírito. Foi este espirito um dos que mais profundamente observou o
drama humano e comovido com nossa miséria material e moral se lançou em um
combate solitário contra o predomínio da ignorância espiritual e do egoísmo. Combatido
pela igreja, ridicularizado pela ciência enfrentou, ao lado de sua esposa Gaby (Amélie-Gabrielle
Boudet), professora, poeta e artista plástica; a ignorância, a
pretensão e os interesses mesquinhos dos homens inferiores.
Curiosamente,
hoje, quando seus ensinos são comprovados pelas ciências e mais de um religioso
estuda – publica ou ocultamente – seus ensinos em busca de orientação
espiritual, são os seus adeptos que não o compreendem por não amarem a
sabedoria nem estudarem a sua obra. Mas, como ensina o codificador, esse sinal
extremo de incompreensão é sempre o anúncio de radicais mudanças. Nos informam os
amigos espirituais e constatamos em nossa observação diária, o surgimento de
uma nova geração espírita, espíritos que amam estudar, servir e que não temem o
contado natural com o mundo dos espíritos. São espíritos que nos ensinarão a
honrar – verdadeiramente – a Kardec e o Cristo.
Os ensinos de
Kardec não se restringem a nos ensinar a naturalidade do contato com o mundo
espiritual – o que já é muito significativo, pois se todos entendem isso nossa sociedade
seria muito melhor – o codificador nos ensinou a integrar pesquisa espiritual e
ciência como hoje se está fazendo em laboratórios em todo o mundo em pesquisas
da física quântica, sobre percepção extra-sensorial e sobre reencarnação. A lição
metodológica de Kardec é seguida com mais fidelidade por não-espíritas do que
por espíritas que ainda temem a prática mediúnica natural e proíbem muitos
interessados de participar das reuniões mediúnicas em nome do medo disfarçado
de prudência.
No último três
de outubro fez 208 anos do nascimento de Kardec. O que teríamos a dizer a ele
nesse momento? Como explicaríamos ao amigo codificador a nossa atuação espírita?
Que notícias daríamos de nosso movimento e de nossos projetos para os próximos
anos? É preciso lembrar que Kardec comprometeu a própria saúde, que utilizou
dos recursos de juntou ao longo da vida para comprar uma casa confortável para
divulgar a Doutrina e, por isso, permaneceu morando em um pequeno apartamento, no
fundo do segundo andar, que media 50 metros quadrados. Acima de tudo, enfrentou com serenidade e
coragem os ataques sórdidos de inimigos e dos falsos adeptos do Espiritismo. Certamente,
o amparo de seu guia espiritual – o Espírito da Verdade – foi constante, mas
sabemos que para ser digno do amparo direto do Cristo é preciso subir o próprio
calvário, assim fez Kardec e o fez por amor a todos nós.
No próximo
artigo, escreveremos sobre a relação de Kardec com a proposta do Cristo e com o
Apocalipse de João, que anuncia a vinda ao codificador ao mundo como nos ensina
Cairbar Schutel. Boa semana, até segunda!
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