domingo, 2 de dezembro de 2012

Kardec, você e o Apocalipse


Amigos e amigas,
Estive ausente por este período por causa de uma série de mudanças profissionais, agora, reorganizei-me e deverei ser mais previdente para que, no futuro, não tenha que ausentar-me de meu compromisso semanal com nossas reflexões neste blog. Dado as explicações e as promessas de continuidade, vamos às reflexões.
Primeiramente, quero postar um artigo a muito devido - a relação de Allan Kardec e do Espiritismo com as previsões do apocalipse. É um tema difícil e apenas me aventuro escrever sobre ele por estar amparado por Cairbar Schutel que, no início do século XX, realizou um lúcido e inteligente estudo em seu livro Interpretação sintética do apocalipse.
A relação entre as profecias, às transformações que estamos vivendo e o Espiritismo é um alerta para nossas enormes responsabilidades, temos conhecimento do Consolador, da imortalidade e da mediunidade, por isso temos um compromisso à causa do Cristo.Vamos ao artigo.
   
No Capítulo VI, do Livro Apocalipse, o grande médium de Patmos, o apóstolo João, descreve a chegada de sete experiências significativas que a Humanidade iria vivenciar. Cada experiência é simbolizada por um cavaleiro e, em alguns casos, pode ser relacionada diretamente com uma individualidade. Sete são os cavaleiros, que representam vivências -aprendizados – que objetivam nossa espiritualização.   
O primeiro cavaleiro é um cavaleiro branco – que por misericórdia de Deus – antecede todos os demais e pode evitar ou amenizar, desde que os homens o queiram, as dores e provas trazidas pelos outros cavaleiros. Assim descreve o médium da revelação:
E vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos, e ouvi uma das quatro criaturas viventes dizendo, como em voz de trovão: Vem. Olhei, e eis um cavalo branco, e o que estava montado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e ele saiu vencendo e para vencer.
O Cordeiro, como sabemos, é o Cristo, e o Cavaleiro Branco é o símbolo do Renascimento Cristão no mundo, a chegada do Consolador, é a vinda de Allan Kardec ao mundo terreno para reestabelecer todas as coisas já ensinadas e ensinar muitas outras. É a oportunidade dada aos homens para se espiritualizarem. Por que afirma o Evangelista que ele veio vencendo para vencer?  É que desde o início o Espiritismo tocou os corações dos homens espiritualizados e se expandiu, contudo, como afirma Kardec, ele deveria voltar para completar sua obra, que significa a vitória plena dos ensinos do Cristo nos corações dos homens e nas sociedades. Por isso: ele saiu vencendo e para vencer.
     O segundo selo ou a segunda revelação fala sobre o Cavaleiro Vermelho, é a Guerra gerada pelos lideres bélicos da primeira guerra – época que Cairbar escreveu seu livro – e também Hitler e o estado nazista.  
O terceiro selo descreve o cavaleiro negro, o símbolo do Comercialismo, da ganância que gera fome de milhões para proporcionar excessos a poucos.
A quarta revelação, ou o quarto selo, mostra o Cavaleiro Amarelo, simbolizando a Morte por causa das doenças oriunda do abandono da verdadeira religião e do cultivo da animalidade, das paixões inferiores e dos excessos.
A quinta revelação nos explica a fase da ampla Difusão das Verdades Espirituais pelos mártires e verdadeiros santos que reencarnarão.
O sexto selo refere-se às mudanças geológicas e as mudanças psíquicas dos habitantes da Terra no que se refere à expansão, uma verdadeira explosão, dos fenômenos mediúnicos para que todos sejam testemunhas da imortalidade e da necessidade de se tornarem verdadeiros cristãos.
O sétimo selo narra as terríveis batalhas entre a luz a as trevas; entre a virtude e o vício, entre os seguidores do Cristo e os espíritos inferiores e suas instituições. Ao fim lemos a seguinte descrição:
O trono de Deus e do Cordeiro, estará nela, e os seus servos os servirão e verão a sua face; e o seu nome estará nas testas deles. E não haverá mais noite; nem precisam mais da luz da candeia nem da luz do sol, porque o Senhor Deus os iluminará e eles reinarão pelos séculos dos séculos. Apocalipse, XXII, 1 a 5.
Segue e explicação extraída do livro de Cairbar:
 Para remate final da VISÃO do evangelista lhe foi mostrado "um rio de água da vida, resplandecente como cristal, saindo do trono de Deus e do Cordeiro.” No meio da sua rua, e, de um e de outro lado do rio, achava-se a árvore da vida, que dava doze frutos, produzindo em cada mês o seu fruto; e as folhas da árvore servem para a cura das nações. E não haverá jamais maldição.
Efetivamente, o RIO DE ÁGUA VIVA saindo do trono de DEUS e do CORDEIRO não é senão a REVELAÇÃO. Sempre progressiva, ela é indispensável a todas as almas, porque todas caminham do conhecido para o desconhecido, e a REVELAÇÃO é que abre todas as portas do futuro.
A REVELAÇÃO é a pedra fundamental da Doutrina de Jesus.
Quando Pedro, representando o Colégio Apostólico, respondeu à pergunta de Jesus, dizendo-lhe: "TU ÉS CRISTO, FILHO DE DEUS VIVO", o Mestre afirmou-lhe: "Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te REVELOU, mas sim meu Pai que está nos Céus. Tu és Pedro, e sobre esta PEDRA (A REVELAÇÃO) edificarei a minha Igreja e as portas do Hades não prevalecerão contra ela".
(...)

As últimas palavras do ANJO representam a confirmação de todas as manifestações dadas a S. João e o anúncio formal da realização das profecias.
Disse ele: (2) "Estas palavras são fiéis e verdadeiras, e o Senhor Deus dos ESPÍRITOS DOS PROFETAS enviou o seu Anjo para mostrar aos seus servos o que deve acontecer brevemente. Eis que venho à pressa. Bem-aventurado o que guarda as palavras da profecia deste livro".  Apocalipse, XXII, 6 e 7.

Boa semana, até dia 09 de dezembro.




Nenhum comentário: